quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tributo a Clarice Lispector que me desperta.

Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

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Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava.
Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente.
Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.

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E se me achar esquisita,respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar.

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Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.

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Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

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Com todo perdão da palavra, eu sou um misterio para mim.

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Gosto dos venenos os mais lentos!
As bebidas as mais fortes!
Dos cafes mais amargos!
E os delirios mais loucos.
Você pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí?
eu adoro voar!!!

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Clarice Lispector

Um comentário:

Dayane disse...

ADORO Clarice Lispector..
"E se me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar." adoro essa frase, haha.