Olá amigos, já inicio pedindo desculpas pela grande demora em postar conteúdo novo.
Mas desejo nesta noite, em que a ventania que atinge minhas janelas e balança as cortinas... Desejo neste exato horário de 02:37h pelo horário de verão... Desejo lhes mostrar algumas imagens de um passeio que eu fiz a uma Ilha especial e um pouco esquecida aqui no Rio. A ILHA DE PAQUETÁ.
Um lugar poético, romântico e com aquele brilho de lugar reservado para descansar. Então, vamos começar lá pelo começo. Na verdade, entre tantos lugares no RIO DE JANEIRO para descansar eu fui passeando pelos mapas, olhando as cidades do interior, as que fazem fronteiras com outros estados, e os lugares mais calmos e inspiradores para passar um dia de DOMINGO.
Foi cansativo, na noite antes do passeio, eu não dormi. Vocês entenderão o porquê.
Exatamente, na noite anterior achei que já havia decidido sair.
Pronto, havia dito para mim mesmo que meu passeio seria por Niterói, ou para NIKITI como os íntimos costumam chamá-la. Planejei tudo. As obras de Niemayer, as praias, os restaurantes bons e baratos. Porém, algo me dizia que eu tinha que sentar na cadeira e executar aquele velho hábito de passear com o dedo indicador da mão esquerda pelo mapa. Fiz isso. Até que parei numa ILHA, pequena no meio da Baía de Guanabara. Sim, uma ilha-bairro aqui do Rio. rsrs' (...)
(Ao sair da Praça XV, a barca se desloca até a ILHA DE PAQUETÁ, passando por debaixo da Ponte Rio-Niterói. É uma experiência muito maneira, poder ver os carros da ponte passando por cima de você. Eu fiz uma foto deste momento raro e necessário.)
(...) Ai vi que Dom João VI, pai de Dom Pedro I tinha uma casa de férias, e ele intitulava a ilha como a dos 'dois amores'. Pronto, tudo que eu precisava, afinal estava indo acompanhado de uma garota. E o clima do domingão precisava ser romântico. rsrs. Mas depois falo dela.
Foi para lá que apontei o meu dedo e me dirigi já pela manhã, encontrando a doce garota que descia toda uma serra para me ver, especialmente para isso. Precisava caprichar no visual e na paisagem. A encontrei na rodoviária, comemos pão de queijo com suco de caixinha e ao chegar na Praça XV no Centro do Rio, o clima já era romântico. Antes de embarcar, tomamos um açaí olhando as construções ao redor da Praça XV e ainda passemos entre as barracas de uma feira de antiguidades.. Depois, embarcado... A cena lembra, bem de longe, é claro, o Titanic. Aquele momento em que a Rose está sobre os braços do Jack e os dois vivem a felicidade juntos, através do vento no rosto. E foi assim que ficamos por uns instantes. Abraçados, só sentindo o vento no rosto. rsrs.
Depois disso, 1h e 20min. de viagem sobre as águas poluídas da Baía de Guanara... Chegamos na Ilha, e já somos recepcionados com charretes a cavalo, pois ninguém na Ilha anda de veículo a motor, é proibido por questões de preservação. Apenas bicicletas, charretes e de pé.
O cheiro de fezes secas de cavalo desagradam assim que se chega na Ilha, mas isso é algo muito pequeno diante da beleza da Ilha. Além das construções antigas e sem muito muros altos, o lugar tem restaurantes interessantes. Porém o que nós comemos oferecia uma comida não muito saborosa. Havia várias opções, mas preferimos comer o que já nos era conhecido. Não lembro agora o nome do restaurante mas é um quase em frente ao cais de chegada. Na praça principal da Ilha.
O mais curioso, foi saber que um escritor do século XIX, chamado Joaquim Manoel de Macedo, escreveu um romance, famoso na época que o consolidou como um dos detalhistas do romantismo. Neste romance a personagem MORENINHA, ficava todos os dias sentada numa pedra de frente para o mar ao fim do dia aguardando o retorno do seu amor. Ela admirava o pôr do sol de cima dessa pedra. E esta pedra fica numa praia na Ilha de Paquetá, pois é lá que desabrochava o romance.
Eu precisava ir lá visitar esta pedra e esta praia. E fiz fotos.
Fui com uma blusa especial para agradar e homenagear a garota que estava comigo. Não é possível ler toda a mensagem da camisa. Mas estava escrito a mensagem que toda garota gostaria de ouvir de um menino. rs' . E foi assim, eu, o sol se pondo, e minha camisa dizendo: "YOU ARE MY SUNSHINE." - Palmas para o pôr do sol na praia da Moreninha. Encantador.
E depois do sol, precisei voltar para casa. Com as lembranças incríveis que marcaram meu calendário e meu mapa da cidade do Rio.
No dia seguinte, eu passei pelo sebo de livros e encontrei duas obras antigas e abandonadas de JOAQUIM MANUEL DE MACEDO as duas disponíveis eram: A Moreninha. rs' .
Uma para meu deleite, e outra para a moreninha que fez a diferença naquele dia de domingo inesquecível.