domingo, 26 de abril de 2009

Confiança na Promessa

Meus mistérios estão bem cobertos
Ninguém pode desvendar
Ninguém sabe porque desce lágrimas do meu rosto
Porque saem de mim, falsos sorrisos a todo momento
Porque que eu canto e os meus males não se espantam
Vida independente de si mesmo
Vida vivida por viver
Entrei em ruas sem saídas
Apostei em lutas já vencidas
E perdi, me perdi, perdi meu valor
Eu tinha? Quanto era? Era?
Ninguém pode nascer virgem e morrer virgem
Ninguém deixa de ser virgem pra viver uma vida celibatária
Ninguém quer viver a batalha de vencer o maior opositor
Ninguém é forte sendo fraco
Todos são fracos, porque a carne 'também é fraca'
Dói os pés andar na corda bamba
Já nascer ou não nascer
Morrer ou não morrer
Ser cego ou não ser
Celebrar o casamento ou estar casando
Ser o marido ou a mulher
Dói o pé, o outro também dói
Dói conviver espetado, esbofeteado, humilhado
Pelo espinho que me faz mais fraco a cada dia
Pelo anjo que me sacaneia, que faz eu viver a própria hipocrisia
Poesia minha consolação
Diretamente ligada a solidão, a depressão
Ao dizer não, ao ser escravo do pecado
Ao pertencer a tudo que há de errado
Basta, a graça daquele que é mais forte do que eu me basta.
Errei diversas vezes, em poucas consertei
Conservei meus pesadelos e deixei de sonhar
Conservei meus anseios e deixei de acreditar
A direção mudou, eu sou quem dirijo meu carro
A tempestade já não me assusta mais
O vento forte já não leva meu telhado
Conheci quem remiti meus pecados
Mesmo faminto, cansado e podre por dentro
Jesus foi meu alimento
Meu Alimento.



Rodrigo Luz (Nexo) São Paulo

2 comentários:

Dhebora Hevelin disse...

é perfeita demais tua escrita!! me emociona. dá vontade de guardar pra smpre as palavras cmigo...

Dayane disse...

Caramba! Amei, amei, ameeei!