domingo, 22 de fevereiro de 2015


O meu êxodo é só meu e de mais ninguém. 
Deixe-me ir em busca da terra prometida
desapegar dessas feridas e ir me curar
todo deserto é tempo de se encontrar
de se conhecer, de transpor os limites
uma vida limitada não me interessa
eu quero ir pro outro lado do mar
quero que as águas se abram para mim
quero uma nova vista, um novo povo, uma nova história
tranquilizem-se, pois guardarei todos na memória
derrotas, vitórias, glórias... quero experimentar tudo isso
se não for com sacrifícios não valerá a pena
a pena já foi paga, estou há décadas neste cativero 
quero ver as celas se abrirem para mim 
quero ver o outro lado da cidade
quero atravessar oceanos 
quero desbravar culturas 
quero me misturar com quem não se mistura
quero falar novas línguas, entender todo tipo de gente
quero que as palavras parem aqui e comecem as atitudes
quero ser rude com meus planejamentos
ainda escrevo poesias sem acabamentos
sem acabar, sem acabamentos... 

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