Por favor, respeite o silêncio
A cada instante eu me alimento de você
Meu ar encontra o teu quente pescoço
Que gira em 180 graus
Respeite a lei da coesão
Perceba o tempo em que te olho
E logo depois te abro um sorriso
Já não consigo mais te olhar
As cabeças se abaixam ambas sabem a
Importância do silêncio, desse momento
Clássico pra recordar...
Olho-te de novo, dessa vez olho sua boca
É a parte mais louca, pois ela vem me beijar
Duas línguas, as glândulas sudoríparas já se perderam
E como eu começo a se encontrar
Bocas e línguas servem pra amar.
O tempo é sempre temporário
Vai passando sem percepção...
Encontro-te de novo sei lá quando, talvez
Quando a saudade bater, me bater e me espancar
Por sua falta, só por falta sua.
Como na ficção, te vejo entrar no carro
Você diz:
- Até amanhã.
E eu penso e respondo com a sudorípara transformada em lágrima:
- Até amanhã nada, até hoje à noite nos meus sonhos.
O carro se vai e eu só me banho, tomando banho de glândulas.
“Faço das minhas lágrimas, água pra purificar a alma, pelo menos ela me serve de alguma coisa”
Rodrigo Luz /02.10.2008
Um comentário:
Que lindo, gostei!
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